sábado, 18 de outubro de 2008

Viagem pitoresca e histórica ao Brasil

Jean-Baptiste Debret (1768-1848) viveu quinze anos entre os brasileiros. Nesse período retratou
não apenas a paisagem, mas sobretudo a sociedade brasileira, não esquecendo de destacar a forte presença dos escravos. Além disso, foi sua a iniciativa da realização da primeira exposição de arte no Brasil, em 1829.


Voltou à França, em 1831, alegando problemas de saúde, e começou a organizar o primeiro volume de sua Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. Tal obra fez muito sucesso na Europa do século XIX, pois continha um nova ponto de vista que extrapolava a simples visão de um país exótico e interessante apenas por sua história natural. Debret tentou criar uma obra histórica, mostrando com detalhes e minuciosos cuidados a formação - no sentido cultural - do povo e da nação brasileira. Procurou, também, resgatar particularidades do país e do povo, na tentativa de representar e preservar o passado do povo, não se limitando apenas a questões políticas, mas também a religião, cultura e costumes dos homens no Brasil.

Por estas razões, a obra de Debret é considerada grande contribuição para o Brasil, e é freqüentemente analisada por historiadores como uma representação (um tanto quanto realista, apesar de não ser perfeita) do cotidiano e sociedade do Brasil – em especial, da vida no Rio de Janeiro – de meados do século XIX.

Publicada em Paris, entre 1834 e 1839, sob o título Voyage Pittoresque et Historique au Brésil, ou séjour d´un artiste française au Brésil, depuis 1816 jusqu´en en 1831 inclusivement, a obra é composta de 153 pranchas, acompanhadas de textos que complementam cada retrato, como uma legenda.

O vídeo abaixo contém obras de Debret e como fundo musical a música O canto das três raças, de Clara Nunes.

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